quarta-feira, 27 de agosto de 2014

223- Um distúrbio alimentar inconsciente que leva a depressão. TCAP

- Muitas pessoas abusam da comida nos finais de semana, em festas, ou mesmo não conseguem emagrecer porque adoram comer chocolate, etc...

- O comportamento alimentar é um assunto em moda hoje em dia; o apelo social ao corpo magro e a exposição da imagem das pessoas em redes sociais, estimula a prática de hábitos alimentares saudáveis.

- Porém, existe um grupo expressivo de mulheres que inconscientemente sofrem o transtorno de compulsão alimentar periódica, TCAP.

- Esse distúrbio alimentar difere de uma ocasional escapadinha da dieta e precisa ser tratado em terapia.

- Este transtorno psiquiátrico de caráter compulsivo se manifesta através de episódios frequentes de abuso na alimentação.

- A dinâmica se inicia pela sensação de angústia que resulta em uma necessidade de ingerir, em um curto intervalo de tempo, grande quantidade de alimento.

- Diferente de eventuais farras alimentares, o transtorno de compulsão alimentar periódica se caracteriza pela busca incontrolável de comida em episódios semanais, no mínimo, por seis meses.

- A causa desse comportamento é uma inquietação emocional desconhecida, que por vezes pode ser atribuída a algum acontecimento determinado; mas sua origem precisa ser investigada a fundo.

- O fato é que a sensação de incômodo é insuportável e só pode ser aliviada através da ingestão de comida em excesso.

- Outro aspecto do transtorno da compulsão alimentar periódica - TCAP é que não importa a hora ou o local, a necessidade de comer é intensa e o tempo não alivia essa fome devastadora.

- A demora na saciedade deste desejo apenas aumenta a angústia e empurra os pensamentos da mulher para a busca do que, como e onde comer.

- A rapidez é o foco, não há um rigoroso critério de escolha, ou refinamento no cardápio, os restaurantes de fast-food geralmente são a opção escolhida. 

- As pessoas acometidas pelo TCAP evitam comer diante de qualquer pessoa, seja ela conhecida ou não, pois a busca pela comida é solitária.

- Normalmente, elas recorrem aonde haja uma sensação de proteção e sigilo quanto aos olhares externos de reprovação.

- Ao buscar um estabelecimento público costumam levar o que foi comprado para viagem, no entanto, não são capazes de chegar a algum destino para comer, acabando por devorar tudo no caminho.

- Busca pelo prazer? Talvez um ilusório prazer ocorra na primeira mordida, mas logo em seguida, vem a culpa, a raiva de si e a autodepreciação pela incapacidade de controlar-se diante da comida.

- Este comportamento torna-se repetitivo, levando a maioria das pessoas a quadros de depressão, gerando isolamento social e prejuízos em vários aspectos da vida.

- Comer é um ato instintivo de sobrevivência, do qual o distanciamento total é absolutamente impossível.

- Inúmeras vezes essas pessoas são julgadas e desqualificadas como preguiçosas, gulosas e fracas.

- Isto gera mais culpa e angústia, reforçando um comportamento e padrões neurológicos e bioquímicos difíceis de serem mudados.

- O quadro se agrava com a obesidade e suas doenças derivadas.

- Vítima do próprio corpo e refém de suas disfunções, a mulher busca medicamentos, tratamentos e profissionais nos quais deposita a crença de libertação.

- Especialistas de diversas áreas, em especial psicólogos e nutricionistas, podem ajudar no controle deste tipo de compulsão.

- No entanto, só o autoconhecimento leva a uma real solução para o problema.


- Identificar e praticar a superação da causa da angústia é a chave para quebrar este padrão, é o caminho para a solução.

Nenhum comentário:

Postar um comentário