quarta-feira, 13 de agosto de 2014

216- Hoje só me restou um medo,,,Medo de ter medo!

- Tinha medo de tudo, medo de voltar e medo de ir.

- Medo de ver, mas não ser vista. Pior ainda: não ser sequer notada.

- Medo... Me batia um desespero. Um desespero calado e angustiado de não poder dizer nada, porque nunca havia nada à ser dito, apenas olhares furtivos.

- E não dá pra fugir do sentimento sem perda de identidade. Medo, só sentia medo.

- Medo que só inventei este sentir, porque ainda nada havia sentido por alguém,

- Tinha medo de voltar e saber que nunca havia estado “lá”.
- Mas, e o que sinto? Certo é que sinto algo, mesmo que seja incerto.

- Inseguro...talvez, esta insegurança é só uma armadilha, parte de um show que queria esconder, ainda que fosse possível apenas aparentemente.

- E não mostrar, de jeito algum. O show de esconder, show de inventar.

- Imaginar, para aproximar o viver do sentir, o ser do existir.

- Para afastar-me de uma temida monotonia.

- Medo de Voltar. Pra onde mesmo? Onde foi que eu comecei?

- Tive que caminhar de trás pra frente e refazer o percurso, refletindo sobre cada passo dado!

- Tinha medo de querer ser feliz de um modo que todos digam ser impossível.

- E agora me pergunto sobre o que fiz com minha vida e principalmente no que me tornei e realizei só sobrou um medo.


- O medo de voltar a ser medrosa!!!!

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