ESGOTAMENTO  PROFICIONAL
- A síndrome do
esgotamento profissional não ocorre da noite para o dia: desenvolve-se
lentamente, por um longo período. Os pesquisadores dividiram o esgotamento em
12 estágios. 
- Eles não ocorrem
necessariamente na sequência indicada. Muitas vítimas saltam uma fase, outras
se veem em várias delas ao mesmo tempo. A duração de cada etapa também varia de
pessoa para pessoa.
1-      Necessidade
de se afirmar: no começo, verifica-se com frequência uma ambição exagerada.
Ânsia por fazer as coisas, interesse e desejo de se realizar na profissão
transformam-se em obstinação e na compulsão por desempenho. 
É preciso
constantemente provar aos colegas e, sobretudo, a si mesmo que faz o trabalho
muito bem e que é plenamente capaz.
2-     Dedicação
intensificada: para fazer jus às expectativas desmedidas, vai-se um pouco
além e se intensifica a dedicação. 
Delegar tarefas
torna-se cada vez mais difícil. Em vez disso, predomina o sentimento de que tem
de fazer tudo sozinho, até para demonstrar que é imprescindível.
3-     Descaso
com as próprias necessidades: praticamente todo o tempo disponível é reservado para a vida
profissional. 
Outras necessidades,
como dormir, comer ou encontrar-se com amigos são descartadas como fúteis.
Atividades de lazer perdem o sentido. A pessoa justifica para si mesma a
renúncia com desempenho heroico.
4-     Recalque
de conflitos: percebe-se que
alguma coisa não vai bem, mas não se enfrenta o problema. 
Confrontá-lo pode
deflagrar uma crise e, por isso, o problema é visto como ameaça. Os primeiros
problemas físicos começam a aparecer.
5-     Reinterpretação
dos valores: isolamento, fuga dos conflitos e negação das próprias
necessidades modificam a percepção. O que antes era importante, como amigos ou
passatempos, sofre uma completa desvalorização. 
A única medida da
própria relevância e da auto-estima é o trabalho. Tudo o mais é subordinado a
esse objetivo. O emgotamento emocional é visível.
6-     Negação
de problemas: o principal sintoma dessa fase é a intolerância. Os outros são
percebidos como incapazes, preguiçosos, exigentes demais ou indisciplinados. 
Predomina o
sentimento de que os contatos sociais são quase insuportáveis. Cinismo e
agressão tornam-se mais evidentes. 
Eventuais problemas
são atribuídos exclusivamente à falta de tempo e a jornada de trabalho e não à
transformação pela qual se está passando.
7-     Recolhimento: os contatos sociais são reduzidos ao
mínimo. Vive-se recolhido, com a crescente sensação de desesperança e
desorientação. 
No trabalho,
"faz-se o estritamente necessário". Nessa fase, muitos recorrem ao
álcool ou às drogas.
8-     Mudanças
evidentes de comportamento: agora, é impossível para os outros não perceber a
transformação pessoal. 
Os outrora tão
dedicados e ativos revelam-se amedrontados, tímidos e apáticos. Atribuem a
culpa ao mundo à sua volta. Interiormente, sentem-se cada vez mais inúteis.
9-     Despersonalização: nessa fase, rompe-se o contato consigo
próprio. 
Ninguém mais parece
ter valor, nem o próprio afetado nem os outros, as necessidades pessoais deixam
de ser percebidas. 
A perspectiva
temporal restringe-se ao presente. A vida é rebaixada ao mero funcionamento
mecânico.
10-   Vazio
interior: a sensação de vazio interior é cada vez mais forte e mais
ampla. A fim de superá-la, procura-se nervosamente por atividades. 
Surgem reações
excessivas, como intensificação da vida sexual, alimentação exagerada e consumo
de drogas e álcool. Tempo livre é tempo vazio, entorpecido.
11-    Depressão: aqui, síndrome do esgotamento equivale a
depressão. A pessoa se torna indiferente, desesperançada, exausta e não vê
perspectivas. 
Todos os sintomas dos
estados depressivos podem se manifestar, desde a agitação até a apatia. A vida
perde o sentido.
12-   Síndrome
do esgotamento profissional: esse estágio corresponde ao total colapso físico e psíquico. 
Quase todos os
afetados pensam em suicídio e não são poucos os que a ele recorrem. 
Pacientes nesse
estado constituem casos de emergência: precisam de ajuda médica e psicológica o
mais rápido possível.
NÃO 
REZE  POR  ESTA 
CARTILHA
- A regra número um é administrar com cautela nossos recursos físicos. 
- As medidas anti-stress são simples e eficazes: alimentação saudável, exercício
físico e uma boa noite de sono. Número dois: mesmo sobrecarregado, é preciso
observar o equilíbrio entre tensão e relaxamento, é preciso haver equilíbrio
entre trabalho e vida particular.
- Cada um tem de encontrar seu próprio mecanismo de compensação do stress. Há pessoas
que relaxam preparando-se para uma maratona; outras repousam curtindo música ou
cuidando do jardim. 
- O passatempo pouco importa - o que interessa é ter um. O mesmo vale para os contatos
sociais. 
Seja entre
amigos ou na família, é fato que as relações inter-pessoais protegem contra o
esgotamento. 
- De resto, quem
se isola por causa do trabalho extenuante não terá mais ninguém a quem
chamar numa emergência, quando vier a precisar de ajuda e companhia. Isto é triste!
 
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