terça-feira, 28 de janeiro de 2014

13 - METABOLISMO



METABOLISMO
E possível interferir no ritmo metabólico e alterar o modo como o organismo processa e estoca calorias. Bom para a saúde e para a silhueta.
O que é metabolismo? Toda e qualquer reação química no organismo que gaste energia para produzir ou modificar moléculas.
O metabolismo energético, que interfere na perda e no ganho de peso, responde por apenas uma parte do metabolismo corporal. Há uma centena de processos metabólicos acontecendo ao mesmo tempo.
Metabolismo basal
Responde por 60% a 70% do gasto calórico diário. São as calorias gastas para manter as funções básicas do organismo, como os batimentos cardíacos, a pressão arterial e a temperatura corporal, entre outras.
Metabolismo da atividade física
É o que se gasta enquanto se praticam atividades físicas das mais simples, como escovar os dentes, às mais dispendiosas, como jogar futebol. Em média, responde por 20% a 50% do gasto energético diário, dependendo da modalidade e da intensidade do exercício.
Metabolismo alimentar
É o que se gasta a partir do momento em que um alimento é ingerido até seu destino final no organismo. Inclui desde a mastigação, digestão e absorção até a circulação e o processamento dos nutrientes. Responde, em média, por 10% do gasto calórico diário.
Na academia de ginástica, o professor recomenda um suplemento à base de cafeína e chá verde para acelerar o metabolismo.
Mas, afinal, o que é exatamente o metabolismo e qual a possibilidade real de alterar seu ritmo?
Essas perguntas têm respostas simples e claras.
Os especialistas podem hoje indicar como cada tipo de organismo queima calorias e ainda prescrever exercícios, dietas e remédios individualizados de modo que, em vez de estocar energia, as pessoas possam usá-la com mais eficiência.
A resposta à primeira pergunta: metabolismo é toda e qualquer reação química que gaste energia para produzir ou modificar moléculas.
Neste exato momento, há uma centena de processos metabólicos em curso no seu organismo. Existem, por exemplo, uma reação química específica para a absorção de cálcio pelos ossos, uma para a multiplicação celular e outra que permite a você ler este documento.
Hoje os estudos do metabolismo são essenciais para o desenvolvimento do tratamento de um grande número de enfermidades.
Alguns distúrbios têm origem em defeitos no processo metabólico. São doenças provenientes de erros genéticos raros.
O hipo e o hipertíreoidismo, descompassos da glândula tireóide, afetam diretamente o ritmo do metabolismo.
O terceiro grupo, mais numeroso é o das doenças que desregulam diretamente o metabolismo e são agravadas por essas mesmas alterações metabólicas, em um ciclo perverso.
Entre elas estão alguns dos distúrbios mais prevalentes nos dias atuais, o diabetes tipo 2, o excesso de colesterol e tríglicérides e a obesidade abdominal.
Para as pessoas sadias o metabolismo que realmente importa é aquele que pode interferir na silhueta, o chamado metabolismo energético.
É ele que coordena a matemática das calorias que entram que saem e quanto é estocado sob a forma de tecido adiposo.
A eficácia com que o organismo gasta energia varia de uma pessoa para outra. Numa sala com 100 pessoas, provavelmente haverá 100 diferentes taxas de metabolismo.
Ainda que o peso da genética sobre o metabolismo seja grande, não se pode desprezar o impacto do estilo de vida sobre o metabolismo.
Os bons hábitos podem acelerar o ritmo metabólico.
Os maus diminuí-la.
Entre as alternativas mais efetivas para aumentar o metabolismo, está o treino para ganho de massa muscular.
Quanto mais músculos, maior será a taxa metabólica. A explicação é que o tecido muscular gasta mais energia para funcionar do que o tecido adiposo. Meio quilo de músculo queima 35 calorias por dia. Enquanto para a mesma quantidade de gordura o gasto é de semente 2 calorias diárias.
Do ponto de vista do acerto da máquina metabólica, o treinamento aeróbico complementa admiravelmente a construção de massa muscular.
Mesmo as atividades moderadas, como uma caminhada, mantêm o metabolismo acelerado por até uma hora depois de seu término.
Para quem pratica exercícios mais vigorosos, no período pós-exercício o metabolismo pode se manter acelerado por até oito horas.
Por isso, algumas pessoas acreditam que não comer após o exercício é a melhor receita para se livrar do excesso de tecido adiposo, já que, nesse período, a queima calórica aumenta.
"Essa, porém, não é a estratégia mais inteligente para manter o metabolismo elevado por mais tempo".
"O ideal é consumir produtos ricos em proteínas e carboidratos."
Desse modo, garante-se o suprimento de nutrientes necessários para a regeneração dos músculos, que acontece depois da prática de exercício físico.
Os hábitos alimentares também têm um papel na determinação da velocidade do metabolismo. Certos alimentos entorpecem a máquina. Outros lhe aceleram o ritmo.
O açúcar refinado aciona no organismo um botão que poderia levar o rótulo de "estocar gordura". Ele fornece energia a um ritmo mais rápido do que ela pode ser queimada. Como resultado, acaba sendo estocado na forma de gordura.
Muitos endocrinologistas recomendam os alimentos cuja absorção de nutrientes se faça de forma mais lenta, e que no processo, exijam do organismo um maior esforço metabólico.
A digestão de proteínas requer, em média, 25% mais energia do que a dos demais nutrientes.
"Para absorver proteínas, como carnes e leite, o corpo gasta mais energia do que precisa para lidar com os carboidratos e com as gorduras",
Embora tenha evoluído muito desde as toscas experimentações de Sanctorius, a ciência do metabolismo ainda é comparada pelos médicos à climatologia. Com isso, eles querem dizer que nesse campo de estudo médico, como nos estudos do clima, prevalecem ainda manchas de incerteza.
Um exemplo: ao comparar o metabolismo de um magro com o de um gordo, provavelmente o gordo registrará um consumo energético maior, em valores absolutos. Isso se deve apenas ao fato de o gordo ser uma "máquina humana" maior do que o corpo de um magro? Sim.
Isso explica também por que é mais fácil perder peso no início de uma dieta, mas muito ainda carece de explicações cabais nesse processo.
"Quando se está acima do peso, o metabolismo está tão alto que qualquer redução em calorias resulta em perda de peso imediata",
Com o envelhecimento. o ritmo metabólico tende a diminuir. Mas não se pode culpar exclusivamente o avançar da idade pelo aumento de peso decorrente dessa queda.
"Há que levar em conta que, conforme as pessoas envelhecem, elas tendem a diminuir o ritmo da atividade física".
Por isso, vários especialistas insistem que, com o passar dos anos, é fundamental manter elevado o nível de exercícios físicos e reduzir o consumo de alimentos em cerca de 100 calorias por década.
TAIS MEDIDAS DEVEM SER ADOTADAS A PARTIR DOS 30 ANOS.
A recompensa está na manutenção do mesmo peso da juventude.
Enquanto a ciência não oferece a saída dos sonhos, "coma de tudo e emagreça", o que resta é seguir a constatação dos estudos disponíveis já consagrados.
Eles mostram que refeições menores, a cada três ou quatro horas, aceleram o metabolismo e facilitam a perda de peso.
"O café-da-manhã é um dos principais ativadores do metabolismo. É um erro pular essa refeição". Não se pode privar o organismo de alimentos por longos períodos.
O problema de ficar muitas horas sem comer é que se parte vorazmente para a próxima refeição e come-se tão rápido que a informação de que já se está satisfeito demora a chegar ao cérebro.
O resultado é que mais gordura será estocada, principalmente nos quadris, no caso delas, e na barriga, no caso deles.
Ou seja, um metabolismo suficientemente acelerado e eficiente não pode ser conseguido apenas pela ingestão de pílulas milagrosas.
Conhecer as complexidades do processo metabólico é um grande primeiro passo.

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