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Muitas pessoas abusam da comida nos finais de semana, em festas, ou mesmo não conseguem emagrecer porque
adoram comer chocolate, etc...
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O comportamento alimentar é um assunto em moda hoje em dia; o apelo
social ao corpo magro e a exposição da imagem das pessoas em redes
sociais, estimula a prática de hábitos alimentares saudáveis.
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Porém, existe um grupo expressivo de mulheres que
inconscientemente sofrem o transtorno de compulsão alimentar
periódica, TCAP.
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Esse distúrbio alimentar difere de uma ocasional escapadinha da
dieta e precisa ser tratado em terapia.
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Este transtorno psiquiátrico de caráter compulsivo se manifesta
através de episódios frequentes de abuso na alimentação.
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A dinâmica se inicia pela sensação de angústia que resulta em uma
necessidade de ingerir, em um curto intervalo de tempo, grande
quantidade de alimento.
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Diferente de eventuais farras alimentares, o transtorno de compulsão
alimentar periódica se caracteriza pela busca incontrolável de
comida em episódios semanais, no mínimo, por seis meses.
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A causa desse comportamento é uma inquietação emocional
desconhecida, que por vezes pode ser atribuída a algum acontecimento
determinado; mas sua origem precisa ser investigada a fundo.
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O fato é que a sensação de incômodo é insuportável e só pode
ser aliviada através da ingestão de comida em excesso.
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Outro aspecto do transtorno da compulsão alimentar periódica - TCAP
é que não importa a hora ou o local, a necessidade de comer é
intensa e o tempo não alivia essa fome devastadora.
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A demora na saciedade deste desejo apenas aumenta a angústia e
empurra os pensamentos da mulher para a busca do que, como e onde
comer.
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A rapidez é o foco, não há um rigoroso critério de escolha, ou
refinamento no cardápio, os restaurantes de fast-food geralmente são
a opção escolhida.
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As pessoas acometidas pelo TCAP evitam comer diante de qualquer
pessoa, seja ela conhecida ou não, pois a busca pela comida é
solitária.
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Normalmente, elas recorrem aonde haja
uma sensação de proteção e sigilo quanto aos olhares externos de
reprovação.
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Ao buscar um estabelecimento público costumam levar o que foi
comprado para viagem, no entanto, não são capazes de chegar a algum
destino para comer, acabando por devorar tudo no caminho.
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Busca pelo prazer? Talvez um ilusório prazer ocorra na primeira
mordida, mas logo em seguida, vem a culpa, a raiva de si e a
autodepreciação pela incapacidade de controlar-se diante da comida.
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Este comportamento torna-se repetitivo, levando a maioria das pessoas
a quadros de depressão, gerando isolamento social e prejuízos em
vários aspectos da vida.
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Comer é um ato instintivo de sobrevivência, do qual o
distanciamento total é absolutamente impossível.
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Inúmeras vezes essas pessoas são julgadas e desqualificadas como
preguiçosas, gulosas e fracas.
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Isto gera mais culpa e angústia, reforçando um comportamento e
padrões neurológicos e bioquímicos difíceis de serem mudados.
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O quadro se agrava com a obesidade e suas doenças derivadas.
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Vítima do próprio corpo e refém de suas disfunções, a mulher busca medicamentos, tratamentos e profissionais nos quais deposita a
crença de libertação.
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Especialistas de diversas áreas, em especial psicólogos e
nutricionistas, podem ajudar no controle deste tipo de compulsão.
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No entanto, só o autoconhecimento leva a uma real solução para o
problema.
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Identificar e praticar a superação da causa da angústia é a chave
para quebrar este padrão, é o caminho para a solução.
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