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Houve um dia em que resolvi me vingar de uma amiga querida por algum
erro; em outro um dia gritei com meu filho, censurei os meus
pensamentos.
- Houve um instante em que cogitei minha própria morte, mesmo tendo certeza QUE ESTA NÃO ERA MINHA VONTADE.
- Também escondi meus erros por capricho e orgulho, no mesmo instante em que falava sobre coragem e sinceridade.
- Achando-me hipócrita, em algum outro dia resolvi ser eu mesma totalmente e em nenhum instante consegui me ver ou me notar.
- Talvez, nem eu mesmo soubesse como ser eu mesma ou o que eu estava me propondo ser.
- Já dei muitas desculpas. E em algumas delas muito de invenção e mentira.
- Houve um dia em que pretendi não atender ao convite de um casamento de alguém próximo.
- Recordo ainda que não aproveitei quando pude abraçar algumas pessoas quando vieram se alegrar comigo, vieram me cumprimentar ou parabenizar por uma vitória.
- Sei que também fui egoísta quando não correspondi alguns sorrisos.
- E não foi há muito tempo, foi há pouco, mesmo quando decidi que não rasgaria mais página alguma da minha vida.
- E passei as mãos sobre o rosto, não olhei pra cima, não procurei reagir, quando o único impedimento era minha própria vontade.
- Existiu sempre a possibilidade de escolher. A escolha não vem dela mesmo, vem de dentro de cada um.
- Momentos que poderiam ter sido inesquecíveis, momentos que continuam desconhecidos, por medo, timidez, costume até.
- Eu poderia ter ficado calada e ter permanecido ao lado de várias amigas até o dia de hoje.
- Eu poderia ter compreendido o cansaço e a debilidade de outras.
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Compreendido, a expectativa, a esperança da minha mãe.
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Eu poderia ter acreditado em Deus, no milagre, no amor.
- Eu poderia ter visto tantas vezes o nascer e o pôr do sol e ser queimada pelo seu calor.
- Eu poderia ter dado a mim tantas chances de coisas novas, de colocar meus sentimentos, experimentar-me, experimentar o viver, o sim, o não, a glória, o fracasso, o desconhecido, o temido, o conhecido.
- Assim, sendo nem posso dizer que me conheço. Nem posso dizer que existo.
- Eu tenho que ir atrás do meu sentido da vida, ir atrás das coisas que me neguei, das palavras que de propósito esqueci e omiti.
-Ir
atrás das personagens que minha brutalidade afligiu.
- Ir atrás das lições que estão pra serem aprendidas.
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Cuidar melhor da minha existência, de cada aspecto, reconhecendo o
que as manchas que corrompem fizeram.
- Destino escrito, lições vividas!
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Momentos que enfrentei, cultivei, pensei, chorei, lamentei,
alegraram e trouxeram surpresas.
- Conhecer o que é viver, o que é atravessar os montes, suportar os desertos, o que é crer e ter esperança.
- Ter a coragem e Me conhecer de verdade.
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