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Há dias em que há poucas palavras, não que esteja sem palavras,
não que esteja triste, é um momento de silêncio.
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Até na escrita, um pontinho só pode querer dizer muito mais do que
aparenta, só que não é a hora das palavras.
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Normal.
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Há dias em que não quero blogar, dias que não quero sobre mim
o peso da responsabilidade, ela cerca natural e forçosamente,
necessária ou inutilmente todo o viver.
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Há dias diferentes dos demais, começando pelas circunstâncias
deles mesmos e podendo ainda se iniciar no meu
próprio processo de existir, de ser, de sentir, de pensar.
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Isso
é tão normal para
mim.
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Há dias em que quase tudo incomoda, desde a desarrumação da casa,
do meu quarto, até os problemas bestas com que sou conscientemente
inconsequente.
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Há dias estranhos, não parecem ser dias da existência, são alguma
coisa diferente da vida, tem algo incômodo, contudo não traz
dor, só é estranho.
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Há dias que são lindos, lindos, lindos, o sol brilha intensamente e
a imensidão celestial está entrecortada por
nuvens frágeis e sonhadoras.
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Os ventos sopram, trazem esperanças, sonhos e
quietude.
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Tem
dias que a realidade não dá trégua: tudo o que tem que ser
resolvido está no limite, tudo o que tem que ser pago, o que tem que
ser construído, reformado ou desfeito, tudo o que tem que ser
revelado, dito, escondido, tudo grita: agora! agora! Agora!
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Tem dias pra tudo que é gosto e desgosto.
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Dias em que todas estas situações estão juntas na minha
vida.
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Tem dias e dias!!!
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