sábado, 1 de novembro de 2014

264- Self-objetification, o impacto das Selfies na vida das pessoas adeptas a esta prática estimulante!

- Uma selfie é, acima de tudo, a sublimação de si.

- Ou seria um chamado, pedido, requisição de atenção por parte dos outros?

- Selfies não são algo inerentemente ruim.

- Tirar fotos do próprio rosto de ângulos ligeiramente diferentes, com variações de expressões, não é fundamentalmente errado e não são apenas uma tendência trivial ou uma forma de expressão.

- Na verdade, elas são um reflexo claro exatamente daquilo que nos meninas e mulheres foram ensinadas a ser a vida toda:
imagens a serem admiradas.”

- Imagens de seres humanos que são dinâmicos, mas com pose, produção e edição cuidadosas, para serem observadas e comentadas.

- Selfies não são somente imagens que você faz de si mesma para si mesma, elas são imagens que você tira de si mesma para que os outros vejam.

- Selfies não eram uma tendência até as mídias sociais possibilitarem obter validação maneira fácil e pública, online.

- E o que meninas e mulheres aprendem, desde o começo, que lhes confere mais valor?
Ser bonita.”

- Não é ser inteligente, engraçada, generosa ou talentosa, basicamente basta ser bonita.

- Sendo assim, a validação que as mulheres foram ensinadas a buscar é a aprovação das pessoas com relação à sua aparência.

- Hoje já temos as consequências das Selfies;

- A Selfie-objetificação, trocadilho com o termo em inglês self-objetification= auto-objetificação.

- Definição-Substantivo: apresentar a si mesma como um objeto, especialmente para a visão ou outro sentido físico, por meio de uma fotografia que a pessoa tira de si mesma, para publicação online, e cujo processo se manifesta em em três etapas.”

- Tirar fotos de nós mesmas para documentar como ficamos em determinados momentos, roupas ou ângulos é uma nova forma de auto-objetificação que chamamos de “selfie-objetificação”.

- Há três etapas da selfie-objetificação:
1) Tirar fotos de si mesma para admirar e examinar minuciosamente.
2) Classificar e editar as fotos para gerar uma imagem final aceitável.
3) Compartilhar essas fotos online para que as pessoas as validem.

- O problema é que a auto-objetificação reduz nossa capacidade, nossa felicidade e nossa autoestima, porque precisamos viver, realizar e existir e também monitorar e imaginar constantemente qual é a nossa aparência enquanto vivemos, realizamos e existimos.

- Se você costuma tirar selfies avidamente, considere os efeitos dessas três etapas da selfie-objetificação na sua vida.

Primeira Etapa: Capturando e Examinando.
- As selfies são um fenômeno único porque funcionam como um tipo de espelho mais permanente.

- As imagens capturadas não desaparecem depois de um olhar rápido, elas ocupam memórias de telefones, álbuns de computadores e feeds de mídias sociais.

- Elas não são capturadas e esquecidas; são capturadas e analisadas repetidas vezes pela própria fotógrafa, que analisa seu rosto e seu corpo e imagina como as outras pessoas a enxergam.

- Com as selfies proporcionando uma nova maneira das pessoas examinarem e avaliarem os próprios rostos a qualquer momento, bem como mais oportunidades de comparar sua aparência com todas as outras formas femininas que enchem nossos feeds nas mídias sociais, não é surpresa que:

A tendência das selfies aumenta a demanda por cirurgia”

Segunda Etapa: Ranqueando, Editando e Selecionando uma Vencedora.
- Após a fotógrafa ter analisado e avaliado suas fotos, ela seleciona o clique perfeito para exibição para o público.

- E se for usuária de mídias sociais, ela usará o Photoshop ou editará a imagem antes de postar.

- Cerca de metade das pessoas que editam as próprias fotos o fazem com o objetivo de “melhorar a aparência" removendo manchas na pele, mudando o tom ou a cor da pele, ou tornando-se mais magras ou com mais curvas.

- Nós NUNCA conseguimos ver a realidade feminina na grande mídia, e esses ideais nada realistas resultam na pressão que sentimos para alterar nossas imagens de modo a nos parecermos mais com a "perfeição” com traços de desenho animado que vemos por toda parte, e cria todo um;
novo mundo de irrealidade nas mídias sociais.”

- CASO seja necessário dizer com todas as palavras:

- Não se compare com as fotos de ninguém.

- Você não sabe quais esforços foram empreendidos na foto em questão, nos bastidores ou na pós-produção.

- Comparações nas mídias sociais PODEM levar à depressão e ansiedade entre meninas e mulheres, e quando estamos cientes de que estamos comparando nossas vidas sem filtros com imagens de glamour das vidas de outras pessoas, podemos acalmar esses sentimentos.

- E por favor, acalme-os, pelo bem da sua saúde.

Terceira etapa: Compartilhando e Monitorando.

- Após postar a imagem vencedora, ela monitorar cuidadosamente as “curtidas” e os comentários recebidos por cada foto, e vai comparar esses minúsculos símbolos de validação com os das fotos de outras pessoas.

- Quanto mais curtidas e quanto mais gentis os comentários, melhor ela se sentirá consigo mesma, ou melhor, com a parte de si mesma que foi treinada a priorizar: sua aparência.

- Mas o que acontece se o número de curtidas não agradar?

- Ou se os comentários forem críticos, ou se não houver comentários?

- O que acontece com a autoestima neste caso?

- Quando essa autoestima se baseia amplamente nas percepções que outras pessoas têm de sua aparência, e as pessoas parecem não apreciar sua aparência, a autoestima é afetada completamente.

- Isso nos traz ao maior problema que temos com as pessoas que defendem o uso das selfies como ferramentas de empoderamento.

- Elas não são. Vocês estão confundindo “empoderamento” com “se sentir bonita” ou “sentir que as pessoas acham que eu sou bonita”.

- O empoderamento (ação coletiva desenvolvida) tem que ser muito mais dinâmico e abranger muito mais coisas que isso.

- “Poder” não pode ser reduzido a algo que é obtido por meio da aparência e da beleza.

- O “poder” da beleza tem pouco valor.

- Ele é fugaz e pode ser consumido e descartado a qualquer momento.

- Seu poder não está apenas em sua beleza; está em quem você é e no que você faz.

SEJA MAIS VOCÊ - ISSO É BELEZA REDEFINIDA.


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